Resultado de Exame Descarta Mpox em Adolescente que Mora em São Pedro da Aldeia
Após uma análise laboratorial detalhada, foi descartada a infecção por mpox (varíola dos macacos) em um adolescente residente de São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. O jovem, que havia sido atendido na UPA Pediátrica do município, foi diagnosticado com catapora (varicela), conforme confirmado pela Secretaria de Estado de Saúde. A amostra foi analisada no Laboratório Central Noel Nutels (Lacen RJ), e a Prefeitura de São Pedro da Aldeia comunicou oficialmente o resultado, tranquilizando a população local.
A suspeita inicial de mpox gerou grande preocupação na comunidade escolar de Cabo Frio, onde o adolescente estuda, levando à interrupção temporária das atividades na Escola Municipal Antônio da Cunha, onde o estudante estava matriculado. A escola foi fechada para sanitização na terça-feira (24), enquanto os exames eram realizados em caráter de urgência.
Investigação e Medidas de Prevenção
Desde que o adolescente foi atendido com os primeiros sintomas, a Secretaria de Estado de Saúde orientou as autoridades locais a tratarem o caso como uma suspeita grave, dada a disseminação global da mpox e seu impacto nas comunidades. A rápida resposta das autoridades sanitárias incluiu a desinfecção da escola e o afastamento temporário do aluno enquanto aguardavam os resultados dos exames. Essas medidas foram fundamentais para conter qualquer risco potencial de contaminação, mesmo antes da confirmação do diagnóstico de catapora.
A preocupação em torno da mpox se deve à sua reclassificação como uma emergência global de saúde pela Organização Mundial da Saúde (OMS), especialmente após surtos em diferentes países. No entanto, apesar da tensão, as autoridades foram ágeis em realizar a investigação e garantir que os procedimentos necessários fossem seguidos à risca.
Diagnóstico de Catapora e Retomada das Aulas
Com a confirmação de que o jovem estava, na verdade, com varicela, uma infecção viral comum na infância, as aulas na escola foram retomadas nesta quarta-feira (25), após a desinfecção do ambiente escolar. A varicela é uma doença altamente contagiosa, mas que geralmente apresenta sintomas leves em crianças saudáveis. Entretanto, as autoridades continuam a monitorar o caso para garantir que o estudante receba o tratamento adequado, conforme os protocolos médicos para a doença.
Vale ressaltar que a comunidade escolar foi devidamente informada sobre o diagnóstico e as medidas preventivas para evitar a propagação da varicela, como o isolamento temporário do estudante e o monitoramento de possíveis novos casos.
Diferença Entre Mpox e Varicela
A confusão inicial entre mpox e varicela pode ocorrer devido à semelhança nos sintomas iniciais de ambas as doenças, que incluem febre e erupções cutâneas. No entanto, as duas infecções têm causas diferentes. A mpox é causada por um vírus do gênero Orthopoxvirus, relacionado ao vírus da varíola humana, enquanto a varicela é causada pelo vírus varicela-zoster. Embora ambas as doenças possam apresentar lesões cutâneas, a varicela é muito mais comum e menos grave na maioria dos casos.
Em contrapartida, a mpox tem preocupado as autoridades de saúde devido à sua taxa de mortalidade, principalmente em regiões com menos acesso a cuidados médicos e vacinas. Até o momento, no Brasil, a maioria dos casos de mpox tem sido registrada em adultos, sendo raro o contágio em crianças e adolescentes.
Orientações à População
A Secretaria de Estado de Saúde reforçou a importância de seguir os cuidados preventivos, mesmo com o diagnóstico de varicela. A higienização frequente das mãos, o uso de máscaras em ambientes fechados e o isolamento de pessoas infectadas continuam sendo medidas recomendadas para prevenir a propagação de doenças virais.
A Prefeitura de Cabo Frio também se pronunciou, esclarecendo que todas as ações necessárias foram tomadas para garantir a segurança dos alunos, professores e funcionários da Escola Municipal Antônio da Cunha. O município segue monitorando ativamente qualquer sintoma suspeito entre os demais estudantes.
O Que é a Mpox?
A mpox, também conhecida como varíola dos macacos, é uma doença viral que, até recentemente, era considerada rara fora da África Central e Ocidental. No entanto, um surto em 2022 reacendeu o alerta global, com casos sendo reportados em várias partes do mundo. A doença é transmitida principalmente por meio do contato próximo com pessoas ou animais infectados, ou com materiais contaminados.
Os principais sintomas da mpox incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, fadiga e, posteriormente, o aparecimento de erupções cutâneas que podem se espalhar por várias partes do corpo. Embora a taxa de mortalidade da mpox seja relativamente baixa em comparação com outras doenças virais, ela pode causar complicações graves, especialmente em pessoas imunocomprometidas.
No Brasil, as autoridades de saúde têm monitorado de perto os casos de mpox, especialmente em áreas com maior risco de propagação. A vacinação e o isolamento de casos confirmados são as principais estratégias adotadas para conter o avanço da doença.
Perguntas Frequentes Sobre Mpox e Varicela
- Quem já teve varicela pode contrair mpox?
Sim. Embora ambas as doenças causem erupções cutâneas, são causadas por vírus diferentes, e uma infecção anterior por varicela não protege contra a mpox. - Como é feita a distinção entre mpox e varicela?
O diagnóstico é feito por meio de exames laboratoriais que identificam o agente viral específico. No caso deste adolescente, a análise no Lacen RJ descartou a mpox e confirmou a varicela. - Qual o tratamento para a mpox?
Não há um tratamento específico, mas os sintomas são tratados de maneira semelhante a outras doenças virais, com repouso, hidratação e medicamentos para febre e dor. Nos casos mais graves, pode ser necessário o uso de antivirais.
Conclusão
Com o resultado do exame confirmando catapora e descartando mpox, a comunidade escolar de Cabo Frio respira aliviada. As medidas de precaução tomadas pelas autoridades de saúde foram eficazes para garantir a segurança de todos os envolvidos. Esse caso reforça a importância do monitoramento e da resposta rápida em situações de suspeita de doenças virais, especialmente em tempos de pandemia e surtos globais.
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