A nova lei de proibição do uso de celulares nas escolas, sancionada pelo presidente Lula (PT) no último dia 13, começou a ser posta à prova com a volta às aulas, que ocorre entre a última semana de janeiro e a primeira semana de fevereiro na maior parte das instituições de ensino do país.
A lei nacional não especifica como os celulares devem ser guardados pelos alunos. Diz apenas que o uso deve ser proibido em todos os espaços. Assim, os estados, municípios e escolas terão liberdade para definir como irão cumprir a regra.
Em São Paulo, por exemplo, a legislação estadual é mais restritiva do que a federal, por definir que os aparelhos devem ser armazenados pelas escolas de forma inacessível aos alunos, o que descarta mochilas e armários individuais.
Nas redes, o tema ganhou tração com a aproximação da volta às aulas. Um monitoramento realizado entre os dias 13 e 20 de janeiro pela agência AM4 revelou que os comentários críticos à lei representavam 45% das menções sobre o assunto. Já 42% das interações são de comentários positivos. Neles, os internautas ressaltam supostos benefícios da medida, como melhora no desempenho acadêmico e um ambiente mais produtivo.
O interesse e o volume de buscas sobre o assunto aumentaram 300% no período analisado em relação à semana anterior.
Para discutir como crianças e jovens estão lidando com a volta às aulas sem celular, a jornalista Fernanda Mena recebeu no Como É que É? desta sexta-feira (31) Antônia Brandão Teixeira, co-fundadora do Movimento Desconecta, que reuniu mães e pais de todo o país e propõe adiar a entrega de smartphones e o acesso a redes sociais.
Transmitido ao vivo direto da Redação da Folha, no centro de São Paulo, o programa da TV Folha vai ao ar de segunda a sexta-feira, pelos canais do jornal no YouTube, no Instagram, no Facebook e na Twitch.
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